segunda-feira, 31 de outubro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Steve Jobs is gone.


My PowerBook 520 (1995), my Tangerine iBook (1999), my 17" MacBook Pro (2007).

domingo, 11 de setembro de 2011

9/11 changed our language.

9/11 changed our language.

The first warping of our language was the expression "Ground Zero". I grew up with this term applying only to the point closest to a nuclear blast. It was associated it with Cold War, World War Three, Armageddon. But to hear it commonly used to describe the ruins of the World Trade Center compounded all those old fears to an already terribly tragic event. 9/11 was horrendous but it wasn’t the ultimate horrendous act; the dropping of a nuclear bomb. This was the first of a number of exaggerations and euphemisms which would fan a dangerous nationalism and ultimately define us as an Empire.

After Ground Zero came “regime change” and “pre-emptive strikes”. Was I nuts for feeling shocked with the unabashed and nonchalant manner with which my government, the media and friends started to discuss the invasion of other countries and the overthrow of other governments? During the Cold War, these kinds of matters were treated as top secret; matters that the CIA engaged in. But now, opposition forces, leftists and conspiracy theorists no longer have to speculate about American sponsorship of military coups through CIA "covert activity" (remember that term?). Because of 9/11 the USA now openly calls it "regime change" and even gives dates for its attacks. In fact, when you think about it, the USA's rhetoric for foreign policy is probably at it's most honest ever.

Then came the broadening of the definition of the word “hero”. Everyone who died in the attacks was automatically a hero. Our service men and women were all heroes now. Television news adores calling every member of the military a hero. I recall a Good Morning America anchorman introducing a soldier, as a guest on his program, as a "bona fide hero". No purple heart, no extraordinary accomplishments. Just for serving he was now a hero... Will there one day be a term to describe those who don't serve?

Then the most troubling expression to join the post-9/11 lexicon is “enhanced methods of interrogation”. Do I even need to go there? I grew up with the Soviet Union being called the Evil Empire by Ronald Reagan. But with Abu Grahib our government along with our new bizarre and careless use language in our media (for the whole world to see) managed to undo the world wide solidarity we enjoyed right after the attacks.

If anything, 9/11 consolidated us as an empire. The arrogance with which our government, our media and we ourselves casually discussed torture, the assassination of world leaders and pre-emptive strikes over the past 10 years, no longer makes us imperialistic... An adjective. 9/11 made us a noun. We ARE empire. Our behavior is no longer imperalistic. It’s imperial. We are not declining... We have only just begun.

domingo, 8 de maio de 2011

Christiane Amanpour knew about Osama's whereabouts

Estudante de arte faz trabalho radical morre asfixiado


Pois é. Uma das tendências na arte (ou até clichés) é colocar o corpo em situações extremas. Na minha humilde opinião (ou pra mim pelo menos) se expor à uma plateia já é extremo o bastante. Como sempre digo: Fácil é chocar. Dificil é fazer alguém suspirar. O mundo precisa de ternura.

sexta-feira, 18 de março de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A importância das Margens Plácidas



Anos 70. Eu era bem jovem, um adolescente, e lembro de ter lido uma matéria sobre as comemorações do 7 de Setembro, durante o governo de João Figueiredo. A cerimônia foi em São Paulo, ao longo das margens do Rio Ypiranga onde Dom Pedro, supostamente, deu o seu Grito de Independência.

A matéria dizia que o córrego estava seco e que, para que tivesse água durante a cerimônia, foram abertas válvulas de algumas redes de água, para que a água abençoasse a cerimônia do ditador. Me lembro de ter pensado “pô ... pelo menos poderiam ter preservado o córrego! Afinal, Ypiranga, é a terceira palavra do nosso hino! Deveria ter se tornado uma área de preservação ambiental.

Fast Forward, para janeiro de 2011. Entro no Google Earth, para visitar o córrego do Ypiranga. Espanto! Hoje, o bairro do Ypiranga, literalmente, esmaga o córrego do Ypiranga. O córrego surge de uma galeria pluvial, debaixo da Avenida Prof. Abraão de Morais. Na verdade, não é nem um córrego. O Ypiranga hoje é uma vala de concreto armado ladeada por asfalto, percorrendo 7 quilometros. A vala some e reaparece debaixo de cruzamentos de asfalto. E, quando a vala chega em frente ao Monumento da Independência, ela atravessa triunfantemente um parque cenográfico com gramado lisinho, com 172 metros e 13 centímetros de extensão, compondo brrrrrrrrrr (rufar de tambores)... as Margens Plácidas! Claro!

Minhas queridas brasileiras e meus queridos brasileiros. Sabemos que o Ypiranga não é nem um rio. Nem um córrego. É simplesmente mais um esgoto a céu aberto, tão comum na paisagem de nossas cidades. Conhecemos bem estas valas e já nos acostumamos com elas. Com o cheiro, com os plásticos esvoaçando feito algas presas a arames, com a bola de futebol presa num redemoinho, girando há dias no mesmo lugar, com o ocasional sofá e com a triste garça de penas sujas à o espreita do peixinho que nunca virá.

As imagens da Região Serrana, por mais trágicas que sejam, na verdade não são novidade. Todo ano assistimos a estas tragédias.... Hoje é Teresópolis. Ontem, Niterói. Anteontem, Angra, Paraitinga em Minas, Branquinha em Alagoas, etc., etc., etc.

O brasileiro vem tomando emprestado, da Mãe Natureza, há muito tempo. Agora, chegou a hora de pagar, e com juros altíssimos. Mas, assim como tivemos a capacidade de pagar nossa dívida externa ao FMI, teremos em breve a capacidade de pagar nossa dívida para com a natureza. E o Pré-Sal pode nos ajudar a fazer isso.

Está na hora de implementarmos um novo paradigma urbano. E não estou falando de sustentabilidade. A sustentabilidade não vai mais nos salvar. É hora de pensar em REVERSIBILIDADE. A reversibilidade é a verdadeira reforma ambiental urbana.

Organizações ambientais na Holanda (um dos países mais progressistas do mundo, se não o mais progressista) e o Estado do Maine (um dos estados mais progressistas dos Estados Unidos) estão começando a implementar a política de comprar de volta terra pertencente a madeireiras, empresas e indivíduos e devolvendo esta terra à natureza. No Maine, a milionária americana Roxanne Quimby comprou, por conta própria, 40 mil hectares de terras depredadas por madeireiras e, em 2016, doará estas terras ao Serviço de Parques Nacionais. Na Holanda, a Natuurmonumenten já adquiriu 100 mil hectares de terra para preservação ambiental, apenas com doações da população.

Chegou a hora de começarmos a devolver à natureza partes INTEIRAS de nossas cidades. Reversibilidade terá que envolver comprar terras de volta, multiplicar por 10 o número de APAs (Áreas de Preservação Ambiental) dentro do perímetro urbano. Nossas cidades são feias, caóticas, cada vez mais concretas, engolindo qualquer sistema natural hidrográfico. As consequências aí estão. Em poucos segundos, qualquer chuva se torna um tsunami mortífero. Esta semana, em São Paulo, um rapaz desce de um ônibus durante uma chuva na Avenida 9 de Julho e, em poucos segundos, é arrastado para baixo de um carro e morre afogado. No que diz respeito às nossas cidades, temos que pensar em marcha-à-ré: Desapropriar, Indenizar, Plantar, Restaurar. Nas nossas cidades não cabe o modelo da sustentabilidade. Só o da reversibilidade.

No Estado do Rio, a reversibildade tem que ser implementada em cada encosta, ao longo de cada córrego, de cada rio margeado por habitações irregulares. Será um processo de anos, talvez décadas.

Já na cidade de São Paulo, o primeiro projeto de reversibilidade poderia ser o de devolver as margens plácidas em TODA a extensão dos 7 km do Rio Ypiranga e não apenas, como agora, nos míseros, patéticos e ofensivos 172 metros e 13 centímetros entre a Avenida Nazaré e a Rua Leais Paulistanos.

Ou isso, ou mudamos nosso hino e continuamos desenterrando nossos irmãos da lama.